Leio-te. Nas entrelinhas. Nos pontos finais. Nas reticências que substituíste nos pontos de exclamação, por medo, para que não desaparecesse. Leio-te. Leio-te no silêncio, entre as palavras que não me dizes, entre as que pretendias que fossem ditas e entre aquelas que acabas por dizer. Escrevo-te. Para que vejas aquilo que eu interpreto nos teus silêncios. Nos momentos em que não estas comigo. Assim como as lágrimas que choras no meu rosto e que não é suposto esconder de ti. Assim como os meus pensamentos voam em tua direção e não lhes percebo o seu sentido. Mesmo que por mais estranho te possa parecer. Talvez porque não seja preciso fazer sentido pensar em ti. Porque Amar não tem que ter um raciocínio logico.
Apenas me faz lembrar de ti.