Secaste a minha fonte.
O único sentimento válido que tinha para te passar. O único afeto que alguém conseguiria ainda no futuro reclamar. Arrancaste de mim lágrimas de um sítio que desconhecia, mas ninguém esteve aqui para as amparar. Extraíste de mim o que de melhor teria para partilhar. Subtraíste o que floresceu não sei bem de onde, mas que senti de uma forma tao natural, tao sublime. Nesse momento fui feliz. No seguinte incapaz. Nesse momento não cabia em mim de alegria. No seguinte senti-me abandonada. Nesse momento completa. No seguinte, espezinhada.
Quem padece com isto não sou eu. Desengana-te. Eu já não tenho cura. Quem reclama de mim apenas, aquilo que tu, sim, deixaste morrer. Aquilo que o tempo também não consegue sarar. Aquilo que a chuva intensa não consegue irrigar.