Débeis são os passos que caminho através de mim.
Frágeis os sons que brotam de um rugir interior enfraquecido pelas vicissitudes da vida, pelas incessantes partidas e chegadas, pelas falsas sabedorias. Pressinto a chegada de algo que se repete. Ouço alguém que bate à porta.
Não me apetece abrir.
Pressinto a partida de algo que arranco do peito para que volte ao estado dormente em que a alma já se encontra.
Quero fugir.
Fechou-se bruscamente uma janela. Ouvi estilhaços. Alguém grita. Serei eu?
Não ouvi o eco da minha voz. Apenas vi a Lua que me espreita.
Quero partir.