Entrámos de mansinho, com receio de acordar alguém…
Ao cimo das escadas estreitas, encaminhaste-me para o quarto onde estavas hospedado, abriste a porta, e apesar de pequeno, fez-me sentir confortável, à medida que olhava em redor...
Estava quase a morrer de frio, deitamo-nos para nos aquecermos um pouco, mesmo vestidos por baixo das mantas. Aninhei-me junto de ti, na esperança de aquecer mais depressa, mas estava difícil, o frio tinha-se instalado e parecia não querer largar os nossos corpos, que tremiam, de tão congelados que estavam…
-Daqui a pouco já estamos quentes, disseste tu…
Aproximaste-te ainda mais e disseste-me ao ouvido…
-Deixa-te levar…
Como se isso fosse muito difícil, pensei eu...
Introduziste a tua mão delicadamente pelas minhas calças e lentamente afastaste as minhas cuecas, os teus dedos movimentaram-se de maneira a provocar o meu desejo, beijaste a minha boca provocatoriamente, sabendo de antemão que aquele teu gesto me deixava louca sempre que o fazias, contorci-me ao sentir-te, humedeceste-me de seguida, com a tua saliva quando levaste os dedos à tua boca, provando o meu gosto, lambendo os teus dedos de forma a que me desses a perceber que adoravas aquele odor, o que me excitou ainda mais… os nossos corpos começaram finalmente a sentir calor, e à medida que nos fomos despindo com uma certa rapidez, os nossos beijos deixavam-nos completamente entregues à tesão que percorria os nossos corpos, beijava-te desenfreadamente, quis engolir o teu sexo ao mesmo tempo que me tocavas, mas não me deixaste, arrastando-me para a pequena varanda do quarto que dava para uma rua estreita com pouca luz.
Abriste de par em par as portadas de vidro e ali ficámos nós completamente despidos, perante qualquer olhar, qualquer movimento, qualquer pessoa que passasse ali mesmo em baixo. Das janelas via-se apenas escuridão e em algumas ainda se viam luzes acesas aquela hora… estávamos entregues assim, a qualquer olhar.
Beijei-te mais ainda, e senti-me desafiada…
Segurei-me àquela varanda, contorcia-me sentindo os teus beijos pela nuca, pelas costas, percorreram o meu corpo. O frio, se existia, deixei-o de sentir.
Atrás de mim apertaste-me o peito contra a tua mão, sentias os meus mamilos rijos ávidos de desejo, introduziste o teu sexo por mim adentro e senti-te húmido, senti o quanto estavas excitado. Completamente entregues aquele acto sexual, beijavas-me o pescoço como se fosses um predador, a tentar dominar a sua presa, o que me excitava, ao mesmo tempo que me devoravas, que entravas por mim adentro, mais ritmado ainda… atingimos um orgasmo quase em simultâneo, o meu corpo estremeceu,não de frio, mas de um prazer instantâneo, abraçaste-me e assim permanecemos algum tempo sem falar, apenas aliviando a nossa respiração, deixando os nossos ritmos cardíacos voltarem ao normal.
-Ainda sentes frio? perguntaste com aquele teu sorriso malicioso.
Observei-te.Tinhas acabado de realizar uma fantasia minha,que já conhecias.O que eu não te disse é que durante o tempo que ali estivemos, alguém nos espreitou, e se deliciou também com o nosso prazer…