Atribuíste um ar da tua graça.
Compareceste sem ninguém mais esperar por ti, quando já todos te suspiravam, quando já haviam espalhado a esperança de te sentir entre nós como é usual.
Todos, não. Desculpa. Eu não sinto a tua falta, não da maneira como te ostentas sempre sólido na tua presença, sempre ágil da maneira como te deslocas, sempre expedito não aparecendo no tempo certo que a ti te é destinado e ressuscitando do meio do nada quando já todos menos te acreditam.
Por mim, podias deixar de existir mesmo. Mas o que eu quero ou desejo não importa. Nem pareces te importar. Eu sei que não significo nada para ti, porque sabes que também não significas nada para mim. Mas sei que voltas sempre. E isso é certo.
Talvez um dia deixes de existir. Ou talvez um dia eu deixe de te sentir.
É essa a minha grande esperança.