Beijo o teu olhar serenamente.
Em cada recanto das rugas que te expressam, perpasso e encaro de frente o que me trouxe até ti. Viajo em cada palavra que cruzou o ar que partilhamos em momentos em que apenas nós estivemos presentes. E no entanto demasiado ausentes. O único som que me inspira é o traço que desenho e que com ele o que considerei foi o que veio de dentro, e o que sai inocenta-me. Porque esta voz grita mais alto do que aquilo que quero desenhar. Volto a retocar-te no meu esboço. No teu rascunho.
No borrão em que te transformaste para mim.