Domingo, 22 de Maio de 2011

Dispo [me] ...

 

 

 

 

 

 

 

Veste-me de Alma !
 
De Branco Puro
de lagrimas presas
de um deserto sem lama
de um coraçao em chama
de mais uma esperança
sem dor.

 

Veste-me de Alma !

 

Veste - me de Amor,
Veste - me de Sentidos,
Na minha pele nua
que se insinua
numa dança particular.

Visto-me de ti
Onde a Alma se liberta
E o meu corpo se despe.
Queres-me assim.
Num lençol de cetim
Entregue por fim
A uma certeza descoberta
de algo que me prende
e se reflecte
na minha vontade de ti.

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Escrito por FlordeLis às 22:23
| Vossas memórias | Devaneios (2)
Segunda-feira, 16 de Maio de 2011

Reflexos

 

Tenho receio.

Pavor de encontrar-te em alguma esquina da internet onde habitualmente nos cruzávamos aqui e ali e onde brotou o que sinto, ou sentia. Já nem sei.

Tenho receio de te redescobrir numa ou noutra epiderme, parece que colido em ti a cada site que examino, a cada perfil que vejo. Quando noto correspondências, sustenho a respiração, procuro gostos, hobbies onde te reconheça, que consiga dizer, és tu. Mas nada me dá certezas, e nem sei se as quero ter realmente. Prefiro ficar assim, na dúvida,porque a dúvida segura-me, sustem-me no acto seguinte que se adivinha.Identifico amigos em comum, gostosque sabia que eram os teus, semelhanças em textos escritos. Mas não quero ler,para que a dúvida não passe a certezas, e para que as certezas não voltem a transformar-se em dúvidas que nos obrigue a afastar de nós. Ou que te obriguema colocarem-me à distância de mim. Não sei o que nos aconteceu.

Sei apenas que não me esqueci de ti.

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Escrito por FlordeLis às 09:29
| Vossas memórias
Segunda-feira, 9 de Maio de 2011

Conto XXXIII Parte

O vinho não era de todo um dos meus favoritos, e ao contrário do que é costume falando da reacção que o vinho costuma provocar, parecia estar a fazer mais efeito em ti do que em mim, pois sentia-te mais solto. Estava a ser engraçado ver um Pedro diferente, mais animado, mais alegre, mais vivo.

Pela primeira vez estávamos em sintonia, e a vontade de darmos asas ao desejo, revelava-se a cada toque, a cada gesto nosso. Sentia-te entregue de alma e coração, coisa que nunca tinha sentido até hoje, e isso fez-me sentir vencedora, apesar de à umas horas atrás ter pensado em desistir de uma relação que parecia condenada a não dar certo.

Já meio vestidos, meio despidos saboreava o teu gosto, olhava para ti e sentia-te entregue à medida que os teus gemidos revelavam todo o esplendor daquele momento, toda a tua entrega, toda a tua excitação, fazendo-me pensar naquele momento porque foi que demoraste tanto tempo a perceber que de nada vale a pena negar o que sentimos, quando o sentimos na realidade, e para mais quando todos os teus actos revelavam tudo isso, apenas as tuas memórias teimavam em manterem-se presas a um passado que estava resolvido e que não havia volta a dar. Só estavas a adiar aquilo pelo qual ambos estávamos agora completamente entregues e rendidos de tal forma que era o desejo já á tanto tempo reprimido por ti e que em mim me provocava ainda mais a vontade de te ter. Queria-te mais, muito mais, dentro de mim, para mim, hoje e por muito tempo. A noite foi longa, mais longa do que poderia ter previsto quando tinha chegado a casa, mas nada disso importava naquela altura.

- Será que amanha te vais lembrar do que me disseste esta noite? – pergunteiarrisquei piscando o olho.

- Podes ficar descansada – disseste tu – sei bem o que disse, não estou assim tão embriagado. Queres que te prove?

Um sorriso malandro de orelha a orelha saiu da cara de Pedro, deixando-me sem qualquer sombra de dúvida do que se estava ali a passar.

Daqui a algumas horas, estaria a seu lado no avião. Iria aproveitar ao máximo, independentemente do que o futuro nos poderia a vir a reservar.

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Escrito por FlordeLis às 17:20
| Vossas memórias | Devaneios (2)

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