Palmilho o teu corpo com o meu olhar comedido. Curiosidade, talvez em cada reentrância, em cada curva, em cada mazela que a vida te trouxe. Descubro-te com o silêncio que me assiste ate permitires.
Ate me achares no trilho que percorro entre o teu rosto, o olhar que tão bem conheço, a expressão do sono, o estado calmo em que te encontras. Sinto-me errante já no teu peito que me apetece fustigar com paixão, sentir o palpitar da vida, o poder da força de um abraço.
Sinto o domínio do desejo, a pujança de um sentimento que me faz deter em algumas partes do corpo em que guardo algumas recordações de súbita paixão e prazer.
Percorro-te assim, sem dar pelo tempo suceder, perdi-me em ti, no meu estado de calma, no teu estado distraído do Ser.
Desejo as tuas mãos na minha pele, quero sentir-te como sinto a vida. Plena e inquieta.
Assim como eu me sinto perto de ti.