Um sorriso. Um compasso de espera. Digito os números. Faço o telefonema. Um silencio. Um morder de lábios. Um “tou” do outro lado. Um alivio deste.
- Quero pedir-te uma coisa que sei que tu gostas…
- Ah sim...?
- Sim...
- E o que é…?
- Fode-me.
- Agora?
- Sim.
- Hum… Deixa-me ver. Por onde queres que comece?
- Por onde quiseres.
- Mas tens a certeza?
-Tenho. Quero agora.
- Ouve-se uma gargalhada do outro lado.
- Do que te ris?
- Do teu pedido.
- Porque?
- Porque sim.
- Já o fizemos algumas vezes.
- Eu sei, mas parece que te adivinhei o pensamento.
- Então?
- Espera mais um pouco e verás.
- Estas a deixar-me curiosa.
- Já falta pouco. Espera.
- E impaciente…
(toca a campainha)
- Tenho alguém a porta. Espera um pouco.
- Sim…
Espreitei pelo óculo. Arregalei os olhos.
A surpresa deu lugar à excitação, e a uma gargalhada agora vinda deste lado, aquela visita fez-me dar fim ao telefonema. Abri a porta.
Sorriste e
- Dizias... ?