Sentes a brisa que te invade, essa brisa que te toca no rosto e se dilui à tua volta?
Sentes a magia que te envolve num mundo mágico, num mundo que apenas nós entrámos?
Sentes as lágrimas que brilham no teu rosto quando a lembrança te traz um sentimento de falta, de vazio, de ternura e de ausência de momentos que não voltam mais?
Sentes a música que te persegue e que te ficou no ouvido durante este tempo que passou e que te inquieta quando a sussurras baixinho?
Lembraste das gargalhadas que soltavas, das brincadeiras, dos sorrisos, dos planos que fizemos para o futuro?
Tudo se esvanece no tempo. Tu desapareceras também.
Sei que estás aqui mas nem sempre me acompanhas. Sinto-te o alento, mas depressa perco-te no horizonte. Foges e espreitas quando te procuro, mas a procura não te acha, apenas te recolhe na curva que te vira em direcção a mim, apenas te deslumbra quando tu queres, quando a tempestade passa, quando se cruzam direcções, quando um semáforo te da indicações para parar. Depois avanças, voltas a seguir em frente, mas voltas à curva e depressa cais vertiginosamente, susténs a respiração, num segundo estas novamente nos píncaros, mais um segundo e voltas à calma que te caracteriza.
Sinto-me numa montanha russa contigo.
Quando é que vai parar esta viagem?....