As vezes penso que sou louca.
Por não me calar quando deveria, quando solto gargalhadas e nao devia, quando digo o que penso sem me ralar com as opiniões de quem me ouve, por apenas ouvir quem eu acho que merece a minha sincera atenção. Por viver em função de mim e não dos outros, por não me atormentar com o que parece bem ou mal, apenas porque me apetece faze-lo, por acordar de manha sempre bem disposta o que parece irritar quem acorda comigo, por não ligar a etiquetas que me parecem ate ridículas quando apenas as seguimos para agradar aos outros e não a nós.
As vezes penso que se pensa demais no que os outros dizem ou pensam acerca do que fazemos ou como nos comportamos.
Que se lixem todos!
Afinal, eu não sou igual aos demais. Não porque seja melhor. Sou apenas eu.
E eu gosto muito de mim.
Prazer.
Chamo-me Leonor!
Ando demasiado cansada para escrever. Para pensar. Para viver. Para sentir. Principalmente para isso mesmo. Sentir. Apetece-me parar.
Será este fim-de-semana?
Tento esquecer.
Apagar um passado longínquo. Já perdido no tempo em que já ninguém se recorda, nem se lembra em que algum dia existiu. Mas eu lembro-me como se acontecesse hoje. Não. Hoje não. Hoje prefiro não me lembrar sequer que esse dia existiu. Pois esse dia vai fazer com que o dia de hoje exista. Um dia cheio de vazio, um dia para ser esquecido. Mais um. Para juntar a tantos outros em que me lembro de ti.
Enlouqueces-me!
Por dentro.
Por fora.
A toda a hora
Desenfreadamente!
E no meu estado permanente
De loucura
Por ti,
Por nós,
Ouço uma voz
Que me diz
Avança!
Que me segreda
a nós.
Pelos corpos
Que juntos
Se unem
Se fundem
E me dizem
Que não estamos sós.
E é por ti.
Que aqui estou.
Sinto-me tua.
Hoje.
Agora.
Neste momento.
És tu o meu doce tormento.
Que vive em mim.
Mesmo quando não estás aqui.
©Mensageira