Hoje recordo-me daquele dia ao fim de muito tempo de duvidas, e que percebi claramente o porque de certas atitudes, o porque daquele carácter, o porque de uma personalidade distorcida, invulgar aos olhos dos outros. O silencio. A defesa constante. A dureza das palavras. A capa a que me envolvo diariamente para ninguém perceber quem sou, o humor que surge do nada mesmo que a situação não seja favorável a gargalhadas oportunas, o porque da dureza das lágrimas mesmo quando elas próprias lutam entre si. A frieza com que analiso as emoçoes. Mesmo quando morro por dentro sem ninguém saber ou sequer suspeitar.
Sim, posso te agradecer tudo isso a ti.
Que me criaste e que me fizeste ser quem sou hoje. Para o bem ou para o mal. Invulgar até aos meus olhos.
Invulgar até para ti.
Vibro na forma como te sinto.
Conhecedor do que me envolve. Do que me excita. Do que me faz pulsar por dentro. Sei que sabes o que quero, do que sinto quando me tocas, quando me envolvo em ti . Sei que gostas que assim seja. Sempre. Vibro apenas de pensar que podes estar perto de mim e sentir o odor do teu corpo. Vibro quando percorres o meu corpo com o teu toque. Vibro com o nosso beijo quando o sinto de uma forma única, singular, rara. Vibro quando os nossos corpos se tocam, e se envolvem numa dança ritmada. Vibro quando te das, quando te entregas e perdes os sentidos, quando ignoras tudo o que se passa a nossa volta. Vibro ao olhar para ti quando te rendes e sinto a excitaçao que percorre o teu corpo. Nos nossos corpos. Vibro quando te perdes, quando partes e regressas novamente no auge do nosso amor.
Resumindo…
Gosto de ti em mim.