Soltam – se as vontades,
Vivem-se tormentos.
Quero o desejo
De mais uma palavra,
De mais um momento.
Subtil…
Lento…
Fugaz.
Porque não chega,
Porque não estas!
Tudo parece cinzento,
Quando há silencio.
Sei que não tardaras.
E um alento surge
A cada palavra,
A cada sentimento.
Reticencias
Que voltam …
Um passo atrás.
Paro, escuto, ouço
Olho para o lado,
Imensa escuridão
Vejo ao fundo uma luz
Serás tu?
Serei eu?
É somente um recado
que a vida me traz …
By Mensageira
Há factos na nossa vida que nos surpreendem.
E são esses mesmos episódios que nos marcam, e que realmente constituem uma surpresa para nós porque aparecem de onde menos se esperam, vem de quem menos nos lembramos, pelos mais variadas razões.
Diariamente analisamos factos, ocorrências, mesmo que inconscientemente damos connosco a analisar as mais variadas situações por vezes apenas por sermos humanos e fazer parte da nossa essência. E também é um facto que estamos constantemente a ser observados e analisados assim como fazemos com os outros.
O que acontece é que quando analisamos a pessoa que está à nossa frente, nunca nos lembramos que do outro lado nos podem estar a fazer exactamente o mesmo, que nos observam da maneira como falamos, da maneira como o exprimimos, os nossos actos, o que transmitimos, e as vezes temos até surpresas bem agradáveis. Por vezes quando confrontados com a opinião dos outros em relação a nos próprios nem sempre ficamos satisfeitos e às vezes por mais que se diga que não, as verdades doem, principalmente quando tentamos esconder o verdadeiro Eu.
Ainda bem há pouco tempo fui surpreendida com o seguinte comentário:
“Guardas qualquer coisa muito intensa no passado e algum descontentamento com o que tens no presente”
Ora este comentário sobre mim deixou-me não a pensar no comentário em si, mas na capacidade de análise que não contamos vinda do outro lado que afinal nos conhecem melhor do que alguma vez pensamos que nos dávamos a conhecer…
Para mim foi uma surpresa agradável, e não por estar de acordo com tal afirmação, mas por ter vindo de uma pessoa que supostamente mal me conhece, mas talvez me conheça bem melhor do que as pessoas que se cruzam comigo diariamente… e que eu nem imaginava!...
No fundo o que realmente importa, e relembro uma célebre frase, “não importa se falam bem ou mal, o importante é falarem de nós! “, e isso sim faz a diferença!
Ps . Obrigada por existires, Fernando...
Estou cansada de falar de sentimentos!
Apetece-me sexo arrebatado, daquele que não olhamos a meios para atingir os fins, daquele que perdemos a noção da realidade apenas pelo puro prazer, daquela entrega de corpos que satisfazem o desejo puro, daquele que não interessa se vai haver o amanha ou o depois, apenas daquele em que o momento é valido por si só e em que a tesão nos envolve os sentidos, em que mais nada importa.
Chega de sentimento, chega de sofrimento!
Basta-me um corpo. Que me envolva, que saiba o que quero. Que me de momentos de puro prazer, de excitação constante, que me faça implorar por mais. Quero apenas sentir o que chamamos de físico, carnal, animal. Chega de palavreado, de sentimentos à mistura, de lágrimas mal choradas. (Não me fodas!) Ou melhor, fode-me, quero gritar como uma fera nos teus braços e contrair-me no teu corpo sem mais demoras.
Esquece as palavras. Esquece tudo.
Nada mais importa, apenas tu e eu.
Aqui e agora !
Jamais tive o intuito de fazer deste módico espaço o meu diário, visto que nem sei o que é ter um, quando miúda nunca tive, mas acho que agora tenho pena de não ter escrito, nem que tivesse sido por pouco tempo, seria divertido ter agora algo para ler daqueles tempos… J
Seria no mínimo caricato ver o que me preocupava naquela altura, os meus dramas, os meus sonhos transcritos numa folha de papel…
Costumo dizer que não me arrependo de nada, mas arrependo-me hoje de não ter passado para o papel as minhas palavras de outrora.
Apesar de não ter escrito, tenho plena certeza que o que me preocuparia nessa altura seria bem diferente do que me preocupa actualmente, porque agora nada é igual a quando pequena, bem, eu continuo a mesma, apenas a idade modificou tudo o resto assim como as responsabilidades, mas ainda me sinto na pele da menina que prefere ficar sossegada no seu canto com os seus pensamentos.
Por isso vou repensar a ideia de fazer a minha vinda aqui mais frequente, mas não para já.
Será que se modificaram tanto assim os pensamentos de outrora com os que tenho agora…?
Provavelmente não.
Apenas a realidade que me rodeia é diferente, os meus dias são preenchidos de outra forma, o meu tempo livre bem mais escasso…
Mas a menina continua cá. Apenas um pouco mais crescida.